terça-feira, 15 de outubro de 2013

Cobertor Eficiente

Andar de moto é muito bom, mas tem seus "poréns" e um deles é o frio. Eu particularmente não gosto nem um pouco de passar frio, mas gosto de andar de moto mesmo que esteja frio, e como aqui em Curitiba o frio é quase constante, mesmo no verão, temos que "se virar nos trinta". Uma qualidade dos scooters é justamente a proteção frontal que oferecem e se você aliar à isso um leg cover, ela se aproxima muito de um automóvel (conversível...rsrsr). O leg cover é uma espécie de cobertor que protege as pernas do piloto contra o vento e até uma chuva leve. Ontem (14/10), passei por uma tempestade diluviana quando voltava do trabalho. Parei um pouco antes e coloquei o conjunto impermeável, mas estava sem as botas e nem polainas tinha, então, encharcar os pés seria inevitável, pensei. Mas, o leg cover aguentou bem a chuvarada e não deixou passar água para dentro do escudo, protegendo de maneira surpreendente. Cheguei em casa com os tênis enxutinhos e convencido de que o leg cover foi uma excelente aquisição. Quem mora em regiões com o clima "agradável" como o de Curitiba, deveria avaliar a possibilidade de se equipar com um leg cover, pois seu uso é muito prático e não atrapalha em nada a condução, sendo também muito fácil de tirar e pôr. O meu é de fabricação nacional, mas existem modelos importados, pois na Europa são muito populares. Depois que acostumamos com ele, não queremos mais andar sem...






sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Alongando a Gorducha

Quem tem ou quer ter uma Lead sempre tem a mesma preocupação: o limitador de velocidade, que não a deixa passar muito dos 80km/h de velocidade máxima. No meu caso, a minha cortava exatamente nos 80,9km/h, aferidos no GPS (aprox. 84km/h no velocímetro). Lendo à respeito em fóruns e grupos na internet, vi que havia algumas maneiras de dar uma melhorada nisso, através de sistemas eletrônicos que remapeiam a injeção, ou simplesmente alongando a relação de transmissão através de alguns artifícios, como a troca do pneu traseiro e os roletes do variador. Na minha opinião, essa é com certeza a melhor maneira de ganhar uns km/h a mais, sem gastar muito e sem prejudicar a durabilidade do motor. A primeira mudança que fiz foi a troca do pneu, que já estava com 10.000km e precisava ser trocado mesmo. Optei pelo pneu Metzeler ME 7 Teen nas medidas 110/80-10, que custou pouco mais que o original e além de melhorar a velocidade, estabilidade e conforto (absorção de impactos), ainda tem um desenho muito bonito. A velocidade atingida com esse pneu foi 83,7km/h (aprox. 88km/h no velocímetro).
A segunda mudança foi a troca dos roletes do variador, pelos Dr, Pulley, marca conceituadíssima em matéria de preparação para scooters. Esses roletes são desenvolvidos de maneira a melhorar tanto a arrancada como também a velocidade final, coisa meio difícil de se pensar em caixas de cambio convencionais, mas que no CVT funciona extraordinariamente bem. São relativamente baratos e fáceis de instalar e não afetam a durabilidade dos componentes. Na última medição que fiz, consegui atingir a marca de 90,25km/h (em torno de 95km/h no velocímetro). Parece pouco, mas se você estiver numa rodovia com velocidade de 80km/h, isso é a diferença entre andar na pista da direita ou na esquerda. Vejo esse ganho como uma sobre-margem, para não ter que ser empurrado pelos caminhões o tempo todo. Não tenho dados de consumo, mas acredito que numa scooter que faz mais de 35km/l isso é irrelevante. O mais importante é a satisfação de ter uma Leadzinha que além de todas as suas qualidades, ainda possui um "plus" a mais e passa valente aos olhos incrédulos dos outros motoristas...

Pneu traseiro Metzeler ME7 Teen 110/80-10

Kit de roletes do variador Dr. Pulley

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Tirin até Morretes

No sábado descemos eu mais a patroa pra comer um barreado em Morretes. Saímos por volta das nove horas e fomos direto via BR 277, parando somente uma vez no posto da Ecovia, pra esticar um pouco as pernas. Apesar de não estar chovendo, o tempo estava nublado e havia muito vento, chacoalhando a moto o tempo todo. Os caminhões não foram problema, inclusive muitos até trocavam de pista para ultrapassar...
Chegamos em Morretes pouco depois das dez e ficamos fazendo hora até dar fome. Almoçamos no Madalozo (recomendo) e depois fomos até Porto de Cima, só pra tirar umas fotos. Na volta, fiquei novamente admirado com a desenvoltura da menina (Lead) na subida da serra, mantendo uma velocidade muito boa (aprox. 70km/h) e até fazendo algumas ultrapassagens. Os únicos pontos fracos que senti foi o espaço para piloto e garupa, que cansa logo após uns trinta minutos (não paramos na subida) e a questão do vento, que tava difícil mesmo de controlar a motoquinha...
Pegamos chuva logo após o pedágio e tivemos que vestir os impermeáveis (sorte que levei), chegando em casa por volta das dezesseis, molhados e cansados, mas satisfeitos, e com um barreadinho congelado para a janta. A Lead fez 35km/l, que considero uma excelente média; não teve dificuldades nem pra descer e nem subir, apesar da pouca potência. Se não fosse pelos pontos que citei, não teria motivos para querer uma scooter maior, mas acho que por enquanto a Lead vai quebrando um galhão e me divertindo em viagens curtinhas como essa.

Descendo a Serra do Mar

Vista da sacada do restaurante

Só na sobremesa...

Igreja de Porto de Cima

Aos pés do Marumbi.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Trial de Mobilete

Acho que foi em 1995. Eu tinha 14 anos e uma Monark Monareta, que fazia miséria com ela. Era viciado em motos e estava descobrindo os esportes off-road. Fiquei sabendo de uma prova de trial que aconteceria em Piraquara, aos pés do moro do Anhangava. Até convidei uns amigos, mas ninguém quis ir, então o negócio foi pegar a mobila e ir sozinho. Saí cedinho, numa manhã gelada (acho que estávamos no mês de maio), com três amigos que estavam de bicicleta, e que acompanhei até um trecho, mas depois nos separamos. A estrada velha é muito legal, com suas curvas fechadas e paisagem bem rural. Cheguei na cidade e comecei a procurar o local. Fui até Quatro Barras e nada de indicação...Decidi voltar pro centro de Piraquara e na volta localizei um cartaz indicando o local e horário da prova. Seria no período da tarde, então resolvi comer alguma coisa no centro antes. Logo depois do "almoço", caí no trecho novamente, passando por estradinhas de chão e até pequenas trilhas, chegando numa espécie de pedreira desativada. A prova foi muito legal e fiz amizades, até com um dos competidores, o grande Ricardo, da equipe 90 graus, que me pediu para fazer umas fotos para ele. Na volta tive um probleminha com o freio da magrela e um chão na descida do morro, mas sem maiores danos. Apesar desse "acidente" e de a mobila estar com a rosca da vela por um fio, foi um dia inesquecível, principalmente para um moleque de 14 anos que estava descobrindo o mundo e que percebeu que em duas rodas esse mundo fica muito mais divertido...



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Viajando de Scooter





Viajar de moto é sem dúvida uma das melhores coisas da vida. Quem tem moto grande, viaja longe, e quem tem moto pequena e poucos recursos (tempo e dinheiro), viaja perto. Mas, o importante é pegar a estrada, seja auto-pista ou estradinhas vicinais. Como atualmente eu tenho uma Honda Lead, que não dispõe de grande potência e velocidade, decidi fazer a primeira viagem por estradas secundárias, mais tranquilas e de baixa velocidade. Não poderia existir trajeto melhor que a estrada da Graciosa, que é linda e não tem grande fluxo de veículos, se tornando ideal para viajar com minha esposa na garupa, sem pressa e sem sustos.

Neblina na barragem de Piraquara.

Bom, decidimos fazer a viagem praticamente na véspera, pois ela saiu do emprego um dia antes e eu estava no final das minhas férias. A previsão era de sol para os próximos dias e como isso é raro aqui em Curitiba, não poderíamos perder tempo. Saímos de casa pelas oito horas da manhã do dia 17 de Julho, uma quarta-feira fria e após calibrar os pneus, seguimos pela BR277 até a estrada velha de Piraquara, para evitar o pedágio, os caminhões e fazer um trecho que há muito não fazíamos.

Pensei em fazer a 1ª parada em Piraquara, mas como ainda era muito cedo e tinha uma boa quantidade de combustível, esticamos até Quatro Barras. Chegando lá, tomamos um cafézinho com pão-de-queijo e abastecemos. Seguindo pela Av. Dom Pedro II, que logo se tornaria a Estrada da Graciosa, lembrei da 1ª viagem que fizemos de Biz ao litoral, há 13 anos, quando nos casamos. Naquele tempo a estrada era de terra e sofremos um bocado.

 
Igrejinha na Estrada da Graciosa.
Agora a estrada estava completamente pavimentada, com pequenos trechos de paralelepípedos, que faziam a Lead pular um pouco. Diversas paradas para fotos, curvas fechadas e deliciosas, uma paisagem de tirar o fôlego...logo estávamos no trecho mais sofrido e perigoso da Graciosa, muito liso e irregular, que causava grande trepidação na Lead, por causa de suas rodinhas pequenas, mas mesmo assim, o ruído de carenagens era menor que na Biz, que tinha rodas maiores e suspensões melhores.
 
Ponte do recanto Grota Funda.
Algumas paradas, para esticar as pernas, e chegamos em Antonina pouco antes do meio-dia. Fomos até um restaurante já conhecido e muito bom (Le Bistrô), onde almoçamos um robalo, enquanto apreciávamos a vista da baía de Antonina, com seu trapiche e o iate-clube. O dia estava simplesmente maravilhoso...Caminhamos um pouco pelas ruas da cidade, tiramos fotos, olhamos o comércio local, fomos até a igreja do Pilar e pelas 14:00, retomamos a estrada, com destino à localidade de Bairro Alto, onde estive uns anos antes, com minha cegezinha, debaixo de muita chuva e queria muito voltar lá. A estrada é muito boa e dá para manter a velocidade máxima permitida (60km/h) tranquilamente.

Trapiche na Baía de Antonina.
Cerca de 30km e estávamos em Bairro Alto, que não tem absolutamente nada, só um posto de saúde (fechado), uma usina desativada e um punhado de casinhas, mas é um lugar mágico, aos pés do Pico do Paraná e que te coloca em uma paz de espírito e comunhão com a natureza sem igual. Ali próximo fica a usina Gov. Parigot de Souza, que espero poder visitar futuramente, após devida programação.
 
Pico do Paraná, visto do Bairro Alto.
Passamos por lugares fantásticos, com túneis de árvores que pareciam ter saído de filmes da Disney. Na volta passamos por Morretes, para abastecer e tomar sorvete. Compramos um barreado congelado e seguimos pela BR277, com destino à São José dos Pinhais. A subida da Serra do Mar acho que foi o trecho que mais me surpreendeu na viagem, devido ao desempenho da Leadzinha. Ela foi fantástica, mantendo velocidades entre 65 e 85km/h, reduzindo só por conta do trânsito de veículos mais lentos (caminhões e carros), e como eu sabia que não tinha grande margem de potência para ultrapassagens rápidas, preferi me manter atrás dos comboios até surgir o momento certo.

Túnel vegetal na Estrada do Bairro Alto. 

O câmbio CVT é maravilhoso, mantendo sempre a melhor relação, sem deixar o motor forçar e proporcionando muito conforto e segurança. Uma das vantagens da Lead, também, é o fato de você poder mudar a posição dos pés, oque ajuda a cansar menos, mas a região lombar sofre bastante...

Fim de tarde em Morretes.
Chegamos em casa antes do anoitecer, pelas 18:00, bastante cansados, mas de alma lavada e com muitas histórias e imagens incríveis. A minha esposa gostou muito da viagem e concordamos que futuramente devemos adquirir uma moto maior, talvez outra scooter, de maior cilindrada e que proporcione mais conforto e desempenho. Até lá, continuaremos dando umas esticadinhas de Lead, já que a menina se mostrou valente e digna de total confiança.
Dados da Viagem:

Distância percorrida: 232 km.

Consumo de combustível: aprox. 06 Litros.

Consumo médio: aprox. 39 km/l.

Velocidade média: aprox. 22km/h.

Velocidade máxima: 77km/h..

Gastos com combustível e pedágio: R$ 25,00

Rodas, Rodinhas e Rodões

Apesar da motivação de criar esse blog é contar as viagens que fiz e farei de moto, não vou me limitar a falar só de scooters. Tudo que tenha rodas será comentado, e até alguma coisa daquilo que não tem rodas também (ex. helicópteros). Como sempre, ficará o registro das memórias, das ideias e opiniões, para que se perpetuem e sejam debatidas. Opiniões e relatos serão bem vindos...