terça-feira, 20 de maio de 2014

Das Rodinhas para os Rodões

Todo motociclista tem um "dna", que geralmente surge no aprendizado. Eu aprendi a andar de moto na terra, com uma DT 200R mexida, e minha primeira moto foi uma DT 180 de trilha, também mexida. Meu dna é de off-road e não adianta eu fugir disso. Até tentei ingressar no mundo dos scooters, gostei muito da experiência, mas o dna falou mais alto e acabei voltando para as trail. Pesquisei muito as opções, até fiquei com vontade de fazer uma "besteira" e comprar uma moto dois tempos, mas também não poderia me deixar levar só pela emoção, e acabei optando por uma XTZ 250, a famosa Lander. Não dá para descrever oque é sair de um veículo essencialmente urbano, leve, prático, simples, muito dócil quando pilotado nos seus limites, e partir para um cavalo xucro, que até para desligar a seta exige força no dedão. A lander é ignorante, não tanto quanto uma DT200, mas não é nada cordial com quem não está acostumado com trocas de marcha e torque de sobra. Mas tudo isso se torna detalhe quando você precisa sair do asfalto e encarar caminhos inóspitos. Ela encara muito bem estradas de chão e até trilhas leves, mesmo não sendo uma autêntica enduro. Também vai bem em pequenas viagens e na loucura urbana, se mostrando ágil no trânsito e pode manter velocidades ligeiramente acima dos 100km/h. Eu fiz uma pequena viagem de 240km para ver como ela se comporta na estrada, e pude comprovar que seu banco não ajuda muito, precisando de um reforço na espuma para não judiar demais do sentador depois de uma hora de pilotagem contínua. Mas estou muito feliz com a nova aquisição, pois senti novamente o gostinho de andar na terra, visitei lugares a muito tempo esquecidos e estou até me sentindo mais jovem, apesar de o físico já não ajudar muito, com alguns quilinhos a mais e cabelos a menos...rsrsrs
A diferença de tamanho é gritante: o elefante e a formiguinha...

Lugares onde só uma trail te leva...

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